quarta-feira, 5 de julho de 2017

PF solicita Eunício Oliveira informações para usar em Inquérito contra Ele

O senador Eunício Oliveira (PMDB-CE) (Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)
A Polícia Federal solicitou informações ao presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), para serem usadas em inquérito que tem como principal alvo o próprio Eunício Oliveira. Investigadores querem ter acesso aos registros sobre a presença nas dependências da Casa do lobista Milton Lyra, o Miltinho, e do ex-executivo do Hypermarcas Nelson Mello. Os investigadores querem saber quais gabinetes os dois visitaram entre 2012 e 2014.
A PF enviou ofício ao presidente do Hypermarcas requisitando registros das entradas de Miltinho nas dependências da companhia durante o mesmo período.
Milton Lyra, o famoso Miltinho (Foto: Reprodução e Zanone Fraissat/Folhapress)
As investigações apontam para a participação de Miltinho nas negociações do repasse de dinheiro do Hypermarcas a políticos. Outros nomes do PMDB do Senado foram citados pelo delator como beneficiários de dinheiro, incluindo Renan CalheirosRomero Jucá e Eduardo Braga. Mello afirmou que os valores tinham o objetivo de recompensá-los pela votação de assuntos de interesse da empresa no Senado.
No caso de Eunício, de acordo com a delação de Mello, o Hypermarcas bancou via caixa dois parte das despesas da campanha ao governo do Ceará nas últimas eleições. Mello afirmou que R$ 5 milhões foram repassados ao peemedebista por meio de contratos firmados com três empresas. Ele entregou os documentos aos investigadores.
A polícia chegou a marcar data para ouvir Eunício sobre investigações em curso contra ele na corporação. Estava agendado para a sexta-feira (30 de junho), mas não ocorreu porque o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou o envio dos autos à Procuradoria-Geral da República, para que o Ministério Público se manifeste sobre pedido dos advogados do presidente do Senado de redistribuição de inquéritos para outro relator.
Eunício Oliveira já negou ter recebido recursos ilegais para sua campanha. Também afirmou que as delações não provam quaisquer irregularidades e que a verdade dos fatos prevalecerá.
Fonte: Época

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