domingo, 17 de março de 2013

Seca no Ceará: Muito Discurso e pouca ação

A demagogia, o interesse próprio imediato e a superficialidade continuam sendo marcas dos nossos políticos, tanto nos espaços de situação quanto nos de oposição, salvo raríssimas exceções. Eles estão sempre prontos a falar sobre qualquer tema, mesmo entendendo pouco ou quase nada dele, assim exista a possibilidade de abertura de espaço na mídia. 

Cuidam muito bem das questões ligadas à sua própria futura eleição e nunca aprofundam uma discussão sobre fatos sociais inquietantes, carentes de urgentes atos e ações dos governantes em qualquer das esferas da administração.

O momento vivido pelos cearenses, em consequência da prolongada estiagem, dizimando os rebanhos, tornando a terra infértil e ameaçando a população até da falta de água para o seu consumo, infelizmente, tem motivado muitos, frequentes e inflados discursos clamando por ajuda para o sertanejo, exatamente pelo fato de suas falas repercutirem nos respectivos colégios eleitorais, gerando, para os menos desavisados, a falsa ideia de estarem realmente preocupados com o desastre produzido pela falta de chuvas.


É possível até se extrair de um ou outro pronunciamento, reclamando ações oficiais para minimizar os efeitos da miséria causada pela seca, palavras, frases afirmativas ou interrogativas a nos fazer admitir haver sinceridade ali. Mas, ao olharmos o antes e o depois dessas manifestações, logo o sentimento de todos quantos acompanham a movimentação política passa a ser de repulsa, dado o oportunismo nelas contido, aliada à exploração da fragilidade das pessoas necessitadas de resultados palpáveis e não de infrutíferos discursos.

                                                                                                       

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