quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Padre Alzir Sampaio....Por Dimas Macedo


Um dos traços essenciais que trago da infância é a presença do Padre Alzir Sampaio em minha vida, a começar pelo fato de ser ele o meu padrinho de batismo, ao lado da sua irmã, a professora Lourdes Sampaio. Guardo esse signo como se fosse um estigma a remarcar a minha trajetória.

A religiosidade dos meus pais, junto à Paróquia de São Vicente Ferrer, em Lavras da Mangabeira (CE), facilitava a minha comunhão com o carisma desse sacerdote, e com o seu jeito de ser e ensinar, pois a todos ele se impunha qual o guardião da fé e o educador sutil e exemplar.

Dele recebi o batismo e a primeira comunhão, e foi ele quem me preparou para a crisma e para os dons que o Espírito continua semeando em minha vida. Ter sido seu coroinha, em atos litúrgicos da Igreja de Lavras, é algo que muito se distingue na minha formação, pois justamente aí está a raiz da minha obediência e o respeito que tenho pela Igreja Católica.

  Ainda quando estudante de Direito, nos idos de 1979, encetei uma campanha, plenamente coroada de êxitos, para a criação, em Lavras da Mangabeira, da Biblioteca Padre Alzir Sampaio, inaugurada pelo Secretário de Educação do Estado, Antônio Albuquerque de Sousa Filho; e na edição de setembro daquele ano, no jornalzinho – O Boqueirão –, publiquei o artigo – Padre Alzir Sampaio: Um Guardião da Fé.

 Fiz, portanto, o mínimo que era possível fazer pela sua memória, porque imenso é o seu legado, porque firme é a marca da sua atuação no plano social e educacional, porque grandiosa é sua fé, porque eterna será a sua presença na memória de muitos lavrenses.

 Esse grande arauto de Deus e da Igreja nasceu para servir; veio ao mundo para combater o mal e para edificar a fé no meio da razão; e é por isso que a sua obra continua plena e brilhante para todos nós.

 Com o livro – Padre Alzir Sampaio: Um Gigante da Fé (Fortaleza, 2013) –, a escritora Luiza Correia Lima mostra-nos o zelo com que escreveu a biografia desse sacerdote, resgatando fatos da maior repercussão, pertinentes à sua atuação, na Paróquia de São Vicente Ferrer.

 Autora de dois projetos de pesquisa sobre a sua terra: Lavras – Ontem e Hoje (1984) e Na Terra no Boqueirão (1994), Luiza Correia Lima é historiadora cuja obra devemos sempre consultar.

 Neste ano de 2013, no qual a Paróquia de Lavras completa os seus duzentos anos, Luiza Correia Lima também não deixa por menos, legando-nos esse livro de cunho singular, porque fundamentado na fé e elaborado a partir das luzes da razão.

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