segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

A caravana do PSB...Por Cristina Lôbo


No momento em que Lula revela articulação para levar Eduardo Campos para a vaga de vice na chapa de Dilma Rousseff no ano que vem, o próprio Eduardo Campos corta o assunto. “Nunca falei de 2014 com ninguém”, disse hoje em Brasília, demonstrando que está livre de compromissos políticos para o ano que vem. Enquanto acha que é cedo para se pensar em chapa, o governador de Pernambuco prepara sua caravana pelo país.
Em lugar das “caravanas da cidadania” que Lula promete retomar este ano, o PSB organiza “Diálogos para o Desenvolvimento”, que são oficinas de debate em todos os Estados do país para discutir estratégias que proporcionem a industrialização de vários setores para gerar mais emprego e renda. “É um passo adiante, o pós bolsas, para que os brasileiros saiam da dependência” dos governos. Em todos os Estados estará Eduardo Campos comandando os debates.
Com a desenvoltura habitual quando o assunto é a política, Eduardo Campos comemora os resultados das eleições para as presidências da Câmara e do Senado, nas quais buscou se distinguir do PMDB, partido que venceu as duas disputas. “Só não foi melhor porque não ganhamos”, disse um correligionário, revelando que a estratégia do PSB foi a de marcar posição.
O governador, por sua vez,  observa que, mesmo sem vencer a disputa, o PSB demonstrou posição clara em favor da renovação na política. Ele lembra que os quatro senadores subscreveram nota afirmando que é hora de aproximar o Senado da opinião pública nacional e estocou o PSDB: “Todos foram à tribuna defender o ponto de vista do partido”, numa alusão ao fato de alguns tucanos não terem feito o mesmo, como Aécio Neves. Na Câmara, o PSB lançou a candidatura de Júlio Delgado que recebeu 165 votos.
- Ali, expressamos posição clara sobre a necessidade de renovação; não foi possível vencer, mas plantamos idéias para o futuro – disse.
Com agenda de pré-candidato, Eduardo Campos repete que ainda não é hora de pensar em 2014, menos ainda em chapa presidencial. “Primeiro, é preciso ganhar 2013”, disse, repetindo sua preocupação com o desempenho da economia e o baixo crescimento do país nos últimos dois anos.

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