sábado, 23 de fevereiro de 2013

200 anos: Espectativa para o Jubileu Paroquial de São Vicente em Agosto

          Lavras da Mangabeira é um dos municípios do Nordeste cuja história vem sendo estudada com dedicação, apesar dos golpes contra a sua memória e a sua identidade. O interesse por seus personagens e pela sua saga cultural e política mostra-nos que entre o bacamarte e a caneta uma civilização foi erguida no Sul do Ceará.

          O nome de Joaryvar Macedo não pode ser esquecido como ponto de partida dos estudos históricos desse município, e acredito que aquilo que fiz em torno do assunto também será lembrado pelos historiadores do futuro.

          Luiza Correia Lima, com o seu jeito memorialístico de contar-nos a sua versão, igualmente deve ser lembrada, especialmente pelos seus livros de caráter didático e pela sua memorável biografia: Padre Alzir Sampaio – Um Gigante da Fé (Fortaleza, 2013).

         Rejane Augusto, a autora de História Eclesiástica de Lavras da Mangabeira (Fortaleza, 2013), tem uma produção já bastante extensa sobre a sua terra, e sobre as vidas de alguns lavrenses, destacando-se, entre eles, Dona Fideralina e o coronel João Augusto, avô, este último, do prefeito atual daquele município.

          Mas o que está em jogo, neste ano de 2013, é a história da Paróquia de São Vicente Ferrer, pertencente àquela localidade, criada aos 30 de agosto de 1813, e que teve um lavrense como seu primeiro vigário, o Padre José Joaquim Xavier Sobreira.

          Dos primórdios aos dias de hoje, a vida eclesiástica de Lavras passou por vicissitudes que modelaram o seu jeito ser: uma paróquia aberta para a Eclésia, os dons espirituais e o zelo apostólico de muitos dos seus sacerdotes, cabendo destacar, entre eles, o Monsenhor Meceno Linhares, o Padre Raimundo Augusto Bezerra (Padre Mundoca) e o seu vigário atual, o Padre Benedito Evaldo Alves.

         Entre os anos de 1938 e 1971, a Paróquia de Lavras da Mangabeira conheceu o seu esplendor, tendo-se presente a atuação apostólica e o espírito de empreendimento, educacional e social, do Padre Alzir Sampaio, o mais virtuoso e o mais dinâmico de todos os seus sacerdotes.

         O livro de Rejane Augusto – História Eclesiástica de Lavras da Mangabeira  constitui, antes de tudo, um testemunho de fé da autora diante da história da comunidade eclesial a que pertence, por graça dos dons naturais.  
         Rejane Monteiro Augusto Gonçalves é uma historiadora cuidadosa, que sabe vascular com desvelo as fontes de pesquisa, e juntar os fios do seu texto com muita clareza e segurança, de forma que o seu livro dispensa, com certeza, qualquer forma de apresentação.  

                                                            Por Dimas Macêdo

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